Apocalipse em Maceió

Bairros da capital alagoana afundam por exploração indevida de sal.

Imagens comparam região atingida pelo afundamento do solo. À esquerda, 2010, à direita, 2025. (Fonte: Google Maps)

Lugares onde a vida acontecia corriqueiramente transformaram-se em paisagens distópicas. A degradação de bairros de Maceió, que mais se assemelham hoje a cenários pós-apocalípticos, vem chamando a atenção nas redes sociais. Desde 2018, cerca de 60 mil pessoas foram removidas de suas casas devido ao afundamento do solo na capital alagoana. Cinco bairros da cidade já foram comprometidos. A responsável pelo desastre é a mineradora Braskem, que responde por diversos crimes, incluindo usurpação de recursos da União.

Imagens de satélite revelam o “antes e depois” das regiões evacuadas. O impacto visual — com ruas, casas e prédios completamente desativados — tem gerado comoção nas redes, especialmente através do perfil do produtor de conteúdo Jefferson Maurício, cujas postagens já somam milhões de visualizações.

Distritos históricos também foram afetados, como o Bebedouro, o mais prejudicado pelo afundamento, com quase 200 anos de história. Construções emblemáticas, como a Igreja Matriz Santo Antônio de Pádua, localizam-se na área comprometida.

Em 10 de dezembro de 2023, uma das minas da Braskem se rompeu. Dias depois, em 21 de dezembro, foram emitidos 14 mandados de prisão. Os crimes investigados incluem poluição qualificada, usurpação de recursos da União e apresentação de estudos ambientais falsos ou enganosos.

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